segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALASKA - JUNEAU

Juneau é uma cidadezinha profundamente colorida para lá do cais onde o navio atracou. É uma série de casas baixas, revestidas a madeira de cima a baixo, em longas tábuas pintadas de amarelo vivo, azul, laranja... Há saloons e hotéis com fachadas pouco alteradas desde os primeiros anos do século XX, e as ruas estão desenhadas numa escala humana para que a escola esteja a um saltinho da livraria e os correios nunca fiquem longe do banco. Parece tirada do velho Far West ou, numa análise mais realista, do cenário da corrida ao ouro que aqui ocorreu entre 1897 e 1900.





No entanto, não deixa de ser estranho que a capital do maior estado americano tenha apenas 30.000 habitantes e que os edifícios mais altos sejam os navios de cruzeiro, quando estão na cidade - como gostam de brincar os residentes.



 A ironia parece ser uma das principais virtudes destas pessoas; mesmo quando um estranho os interroga se está sempre a chover, não hesitam em negar, contrapondo de imediato que “às vezes também neva”. De qualquer forma, quando descubro que em Juneau chove em média 220 dias por ano, sei que não vale a pena ficar à espera que passe; além disso, quase todos os habitantes ignoram o facto, preferindo galochas e um bom oleado ao guarda chuva com que os turistas se atrapalham mutuamente quando entram nas confinadas joalharias e lojas de artesanato da baixa. Uma volta fora do circuito mais batido, ao longo da estreita faixa de terra, dá a conhecer outras personagens cuja tez morena denuncia a sua ascendência Tlingit - a tribo índia dominante no 
Sudeste do Alasca.



A navegação tornou-se o meio de comercialização mais utilizado em Juneau, pois  localiza-se  próximo de algumas ilhas no Oceano Pacífico e alguns rios são navegáveis. O porto de Juneau facilita essa comercialização de produtos, mas como os rios navegáveis são muito estreitos só aqui  passam navios de pequeno ou de médio porte




Esgotava-se o nosso tempo em Juneau...outra escala nos esperava...



1 comentário:

  1. Um facto muito curioso em Juneau é não haver ligações rodoviárias para outras cidades, vejam a dimensão do facto : A capital do maior estado da união não tem ligações rodoviárias com o exterior da mesma capital, as viaturas auto servem apenas para circulação na cidade e arredores. Visitámos o governo do Alaska onde era ainda governadora a ex-candidata à Presidência dos EUA, Sarah Palin.ZM

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