quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ALASKA: KETCHIKAN


Após uma etapa noturna de 200 milhas náuticas, às 6.30 da manhã lançam-se as amarras ao último cais em terras do Alasca. Não é por ser o último porto, nem pela peculiaridade onomatopaica do nome, mas o seu reduzido tamanho e as casas de madeira penduradas sobre o rio de Creek Street fazem de Ketchikan a minha preferida. 


Este rio é a "estrada" do salmão...é o principal rio que este peixe sobe para desovar e que aparece em inúmeros documentários sobre o assunto..

Nesta foto pode -se ver  uma homenagem ao salmão..é obra subir um rio tão pedregoso e  com um caudal tão intenso  e ainda tentar escapar das garras dos ursos que estão sempre muito atentos...

Desde os bares às casas dos pescadores, tudo parece um pouco mais genuíno, no seu ritmo normal, de quem está seguro que a invasão temporária de turistas não vai trazer mais sol do que o costume.

Talvez porque foi o salmão e não o ouro a motivar a sua fundação as pessoas sejam aqui diferentes. Contudo, tal como Juneau  também Ketchikan não se encontra ligada por estrada ao resto do estado, nem tão-pouco ao vizinho Canadá: quem quiser cá vir só o poderá fazer por barco ou avião, o que lhe acentua ainda mais o carácter remoto. A cidade não é pequena por acaso; as montanhas que se levantam a quase toda a volta (as mesmas que não deixam cá chegar as estradas) empurraram-na contra o estreito de Tongass onde parte das construções se mantém de pé graças aos pilares de madeira em que estão apoiadas.



3 comentários:

  1. Um pormenor extraordinário nesta cidade é o facto de as águias pousarem e permanecerem nos candeeiros de iluminação como se de gaivotas se tratasse. Parece que existem no Alasca cerca de um terço das águias que há na terra. Não resisto a contar o incidente que me aconteceu ao passar numa destas pontes sobre o rio. Tenho os meus documentos numa pequena carteira que fecho com fecho eclaire, por esquecimento não a fechei e ao passa sobre o rio uma parte destes documentos caiu da carteira para o rio e para as tábuas da ponte, cartões multibanco e outros, tive porem tanta sorte que os mais importantes não cairam para o rio; apenas caiu o cartão do meu Sporting e da Deco de que tive de pedir 2ª via. Todos os diabos têm sorte.

    ResponderEliminar
  2. Mais uma vez, obrigado Isabel, por esta reportagem fotográfica tão exaustiva como perfeita.
    Assim vale a pena fazer turismo, documentando-se e gravando tudo o que se viu.
    Palavra de honra que foi a primeira vez que senti pena de não ter podido, na minha vida, fazer uma viagem como a vossa. Sou um amante da natureza no seu estado mais natural, passe a redundância.
    Ver os ursos de boca aberta à espera que lhe caia um salmão em sorte, talvez seja exigir muito, mas sabemos que é assim que eles caçam as suas presas.
    Parabéns e obrigado!
    Um abraço aos dois!
    Noca

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Noca
      Não tinha a noção que realmente memorizava tão bem os locais por onde tenho viajado e está-me a saber muito bem fazer o blog pois as recordações renascem vivamente.. Houve quem fosse de helicóptero tenatr ver os urso a caçarem salmões. Tinham-nos avisado que não era a altura correcta e realmente não conseguiram observar tal cena... Agora vou recordar a viagem à Índia, um país que marca quem lá vai...obrigada. bjs

      Eliminar