quarta-feira, 27 de novembro de 2013

XANGAI - UMA CIDADE DE CONTRASTES

Para ir directamente do passado ao futuro, nada melhor do que sair do Yu Garden, na Cidade Velha  directamente a Pudong , a cidade nova..



 Em agosto de 2008 foi inaugurado o Shanghai World Financial Center, um gigantesco edifício que por algum tempo ficou conhecido por ser o mais alto da cidade. Com 492 metros de altura, o prédio é um centro financeiro com salas comerciais, de conferência, lojas e um hotel. Ao seu lado está a torre Jinmao, um dos símbolos do século XXI de Xangai. e uma torre conhecida como o " abre-latas"




























Um dos lugares símbolos de Xangai é o Bund, onde estão alinhados ao rio Huangpu dezenas de prédios históricos, bancos de diversas nacionalidades e casas de vários estilos arquitetônicos, como romanesco, gótico, renascentista, barroco, neoclássico e art decó. Lá fica a ponte Waibaidu, construída em 1855 em madeira e reconstruída em 1907 em aço e ferro.
 























domingo, 24 de novembro de 2013

XANGAI - TEMPLO DO BUDA DE JADE

O Templo do Buda de Jade, da seita dos Ddhyana foi construído no ano de 1882. É o templo mais famoso de Xangai e no seu interior é comum serem realizadas imensas cerimónias religiosas, desde as mais comuns como as cerimónias diárias em honra dos defuntos, até às mais complexas que são realizadas de acordo com o calendário budista. Este templo foi construído no início do século XX para abrigar 2 estátuas de Buda em jade branco que foram trazidas da Birmânia pelo monge Hui Gen. 




 Construído nos finais da era de Qing, este templo encontra-se protegido por um muro de cor amarela




No seu interior existem várias estátuas de madeira representando o Buda e quatro outras estátuas que representam os guardiões ferozes. No primeiro pátio localiza-se o Salão Precioso do grande herói (Daxiong Baodian) dedicado a Buda vencedor dos demónios. O interior é deslumbrante e imponente, com uma decoração baseada em faixas vermelhas e amarelas de seda penduradas no tecto com orações inscritas. Podem ver-se os dois instrumentos de ritual: o sino e o tambor.






As duas estátuas que dão nome ao templo localizam-se no primeiro andar do segundo edifício. Ambas são brancas, a primeira representa um Buda de jade a entrar no Nirvana e a segunda representa um Buda sentado. Esta última mede mais de 2 metros e está repleta de incrustações de pedras preciosas. É proibido fotografar.... um dia ainda me prendem. pois não resisto a tirar fotos nestes locais...


terça-feira, 19 de novembro de 2013

XANGAI - JARDIM YUYAN


O Jardim YuYuan (que significa “Jardim da felicidade” em Chinês) é a principal atraccão no centro da cidade antiga de Xangai.
Construido em 1559 por ordens do governador de Xangai sob a dinastia Ming, com intenção de servir como palacio de verão para a aposentadoria de seu pai, um dos principais e preferidos ministros do Imperador Ming da epoca.
O Jardim é uma galeria de lagos, riachos, pontes, galerias e palacios, todos construidos no estilo Suzhou Chines e ocupa cerca de 2 hectares de terra bem no coracao da cidade.
Sua construção seguiu os mandamentos da filosofia Feng Shui Chinesa, respeitando e incluindo os elementos de terra, montanhas, agua e ar, e dividido em 6 areas e palacios principais, que vao se perdendo num labirindo de portas e passagens – um mundo à parte da cidade ultra cosmopolita que cerca o jardim hoje em dia...

 O jardim demorou 20 anos para ser construído e ficou pronto em 1559. Anos mais tarde a família que era proprietária do jardim foi à falência e o abandonou. No século 19 foi ocupado por tropas armadas e durante as rebeliões foi severamente danificado. Após um longo trabalho de recuperação, o jardim que agora pertence à cidade de Xangai,foi aberto para a visitação pública em 1961. 



É um jardim clássico chinês com muitas rochas, pavilhões, pontes, lagoas, passagens em ziguezague e pequenos jardins dentro do jardim. O nome Yuyuan significa “Paz e conforto”, mas acredito que um pouco da paz foi perdida devido ao grande número de visitantes barulhentos


sábado, 16 de novembro de 2013

XANGAI - A CIDADE E O NEVOEIRO

Acordámos em Xangai a segunda maior cidade da China, 
Xangai é um importante destino turístico na Ásia, inclusive para cruzeiros, já que tem um dos portos mais movimentados do mundo. Ficámos ancorados num dos mais emblemáticos locais mesmo em frente à zona financeira e de arquitectura arrojada..mas o nevoeiro era intenso  e a cidade envolta nessa neblina parecia envergonhada..

Nas margens do Rio Huangpu debruça-se  Xangai que tem actualmente  14 milhões de habitantes, mas ela surgiu modesta, como uma vila de pescadores há cerca de mil anos. Por causa do rio se tornou um importante porto durante a Dinastia Ching, no século XVIII. Em 1920 já era o principal ponto de comércio entre a Ásia e o mundo. Mas, a chegada do comunismo, em 1949, estancou essa fase áurea por mais de quarenta anos até que, novamente, o dragão alçou vôo e reconquistou seu espaço na economia 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

NAGASAKI - O JARDIM GLOVER

A última visita que faríamos nesta cidade e no Japão seria ao Jardim Glover. É um belo  parque construído para Thomas Blake Glover, um empresário escocês, que  no século XIX contribuiu para a modernização do Japão  desenvolvendo por exemplo a construção naval e a prospecção de carvão.


A residência de Thomas Blake Glover é uma lindíssima casa de estilo ocidental, a mais antiga que resta naquele país





A acção da célebre ópera de Puccini, Madame Butterfly, passa-se em Nagasaki e relata uma relação trágica entre um oficial da marinha americano e Cio-Cio-San (butterlfy ou borboleta), uma gueixa de 15 anos.
Na foto pode-se ver o final do sistema de escadas rolantes
Entre 1915 e 1920, o papel de Cio-Cio San foi interpretado por uma célebre cantora japonesa, Tamaki Miura, e há uma estátua sua, e outra de Puccini, no magnífico Jardim Glover que se situa numa colina sobre Nagasaki e ao qual se acede por um dos maiores e mais íngreme complexo de escadas rolantes, que alguma vez me foi dado ver e utilizar.


Este Jardim de Glover, possui uma vista privilegiada da cidade por situar-se na encosta de uma montanha e actualmente é um museu visitado por milhares de turistas todos os anos.





À medida que descíamos os socalcos do jardim a vista sobre o nosso navio era cada vez melhor...dirigiamo-nos para ele pois iríamos partir para Xangai..


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

NAGASAKI - MUSEU DA BOMBA ATÓMICA ( 2)


Continuando a percorrer o museu é-nos apresentada a história das pessoas que morreram naquele dia. Sem demagogia e praticamente enfiando o dedo na ferida, apresentam-nos imensos murais  com fotos de deformações, fotos da cidade antes e durante o ataque, como também fotos de feridos e mortos espalhados pela cidade. Podemos ver muitas peças como marmitas, capacetes, brinquedos, entre outros itens pessoais, de pessoas que não conseguiram sobreviver após este holocausto. Todos os itens foram doados pelos familiares das vitimas.
Uma garrafa de cidra...
 A angústia sufoca ainda mais ao lermos a história da maioria das crianças que morreram naquele dia. São histórias do quotidiano, que poderiam ocorrer em qualquer lugar do mundo, mas que foram interrompidas, pela falta de sensatez de lideres de governos equivocados sobre o valor de um ser humano. É de quebrar o coração, ler histórias, sobre pais desesperados procurando  um filho que não existe mais no local  onde apenas uma marmita queimada com as iniciais do filho foi encontrada. .
O museu da bomba atómica de Nagasaki,  conta nos diversas histórias, sendo cada item mais chocante que o outro, como o capacete de um soldado,e desse soldado sobraram apenas pedaços de crânio presos no mesmo.Outra história chocante foi o de uma criança que anotou na parede, o numero de parentes da sua família que morreram. Essa era uma forma precária de enumerar os mortos naquela época...essa criança morreu logo depois...
É uma visita arrepiante  mas é uma lição a aprender, sendo recomendável a todos que façam isso. Lá, estavam crianças, adolescentes e adultos, visitando o museu para aprender a importância desse momento e para que ele nunca mais se repita...
 




Na secção seguinte do museu dirigida à pedagogia e educação, podemos ver componentes da bomba, quantas bombas existem no mundo, os tratados sobre o fim da guerra nuclear, como cartas de proibição do governo americano sobre as bombas , entre outras coisas. Diversas salas apresentam  documentários sobre o ataque de Hiroshima e Nagasaki.
É primordial para qualquer pessoa que visite o Japão pela primeira vez ter a chance de aprender mais sobre os erros dos seres humanos...eu aprendi..





NAGASAKI - MUSEU DA BOMBA ATÓMICA (1)


Não foi fácil, visitar um local que reproduz nos mínimos detalhes, as características do dia do ataque. A sensação de incômodo é pertinente vai-se acentuando à medida que entramos no Museu.
 A entrada no museu faz-se através de um hall que descemos em circulo até chegarmos a uma zona de penumbra...estamos a descer para a zona de impacto sensorial...

Todos os nossos sentidos vão ser  abalados pelo museu. O primeiro certamente é a audição, quando entramos num ambiente escuro e ouvimos o som de aviões da Segunda Guerra combinados com o tique taque de um relógio. A peça principal nesta zona do museu é o relógio deformado pelo calor da bomba. 
Tudo isto antes de  entrarmos num enorme corredor, aonde se veêm pedaços da cidade que foram reproduzidos exatamente, como ficaram após a bomba: vultos de corpos desintegrados, escadas de metal retorcido, a  fachada da igreja original de Urakami totalmente destruída, entre outras partes da cidade em estado lastimável. 
E  o som do avião  torna-se cada vez  mais forte, ensurdecedor.. o ambiente é escuro e o cenário  reproduz o caos. A  emoção é tremenda e a angústia toma conta de nós...terrível...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

NAGASAKI - EPICENTRO DA EXPLOSÃO DA BOMBA ATÓMICA

Estávamos no Parque da Paz
Descemos umas escadas bem floridas para atingirmos o patamar onde a 9 de Agosto de 1945 às 11.02 a bomba atómica explodiu.

 O monolito negro marca o hipocentro.










A rajada forte de vento, os raios de calor atingindo milhares de graus e a radiação mortal gerados pelo impacto da explosão, queimaram e mataram tudo ao redor, reduzindo toda esta área a um campo estéril de entulho.




Cerca de um terço da Cidade de Nagasaki foi destruída e 150.000 pessoas morreram ou foram feridas e dizia-se na época que esta área seria desprovida de vegetação por 75 anos. Hoje, o hipocentro permanece como um parque internacional da paz e como um símbolo pelo anseio da harmonia mundial.
 Em todo o parque respira-se paz e o silêncio impera...