quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ALASKA: KETCHIKAN


Após uma etapa noturna de 200 milhas náuticas, às 6.30 da manhã lançam-se as amarras ao último cais em terras do Alasca. Não é por ser o último porto, nem pela peculiaridade onomatopaica do nome, mas o seu reduzido tamanho e as casas de madeira penduradas sobre o rio de Creek Street fazem de Ketchikan a minha preferida. 


Este rio é a "estrada" do salmão...é o principal rio que este peixe sobe para desovar e que aparece em inúmeros documentários sobre o assunto..

Nesta foto pode -se ver  uma homenagem ao salmão..é obra subir um rio tão pedregoso e  com um caudal tão intenso  e ainda tentar escapar das garras dos ursos que estão sempre muito atentos...

Desde os bares às casas dos pescadores, tudo parece um pouco mais genuíno, no seu ritmo normal, de quem está seguro que a invasão temporária de turistas não vai trazer mais sol do que o costume.

Talvez porque foi o salmão e não o ouro a motivar a sua fundação as pessoas sejam aqui diferentes. Contudo, tal como Juneau  também Ketchikan não se encontra ligada por estrada ao resto do estado, nem tão-pouco ao vizinho Canadá: quem quiser cá vir só o poderá fazer por barco ou avião, o que lhe acentua ainda mais o carácter remoto. A cidade não é pequena por acaso; as montanhas que se levantam a quase toda a volta (as mesmas que não deixam cá chegar as estradas) empurraram-na contra o estreito de Tongass onde parte das construções se mantém de pé graças aos pilares de madeira em que estão apoiadas.



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALASKA - JUNEAU

Juneau é uma cidadezinha profundamente colorida para lá do cais onde o navio atracou. É uma série de casas baixas, revestidas a madeira de cima a baixo, em longas tábuas pintadas de amarelo vivo, azul, laranja... Há saloons e hotéis com fachadas pouco alteradas desde os primeiros anos do século XX, e as ruas estão desenhadas numa escala humana para que a escola esteja a um saltinho da livraria e os correios nunca fiquem longe do banco. Parece tirada do velho Far West ou, numa análise mais realista, do cenário da corrida ao ouro que aqui ocorreu entre 1897 e 1900.





No entanto, não deixa de ser estranho que a capital do maior estado americano tenha apenas 30.000 habitantes e que os edifícios mais altos sejam os navios de cruzeiro, quando estão na cidade - como gostam de brincar os residentes.



 A ironia parece ser uma das principais virtudes destas pessoas; mesmo quando um estranho os interroga se está sempre a chover, não hesitam em negar, contrapondo de imediato que “às vezes também neva”. De qualquer forma, quando descubro que em Juneau chove em média 220 dias por ano, sei que não vale a pena ficar à espera que passe; além disso, quase todos os habitantes ignoram o facto, preferindo galochas e um bom oleado ao guarda chuva com que os turistas se atrapalham mutuamente quando entram nas confinadas joalharias e lojas de artesanato da baixa. Uma volta fora do circuito mais batido, ao longo da estreita faixa de terra, dá a conhecer outras personagens cuja tez morena denuncia a sua ascendência Tlingit - a tribo índia dominante no 
Sudeste do Alasca.



A navegação tornou-se o meio de comercialização mais utilizado em Juneau, pois  localiza-se  próximo de algumas ilhas no Oceano Pacífico e alguns rios são navegáveis. O porto de Juneau facilita essa comercialização de produtos, mas como os rios navegáveis são muito estreitos só aqui  passam navios de pequeno ou de médio porte




Esgotava-se o nosso tempo em Juneau...outra escala nos esperava...



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ALASKA- JUNEAU (MONTE ROBERTS)

Depois de um excelente almoço e já mais descansados da visita ao glaciar  resolvemos subir ao Monte Roberts através de um rápido e vertiginoso teleférico..

Aos nossos pés estava Juneau  e o nosso barco ( o primeiro na foto)



No cimo do monte além do miradouro  podemos fazer passeios por trilhos com graus de dificuldade diferentes no meio de exuberante natureza


Resolvemos fazer um trilho "fácil" 

Demos a volta ao monte e a paisagem continuava a ser linda!!



Encontramos árvores com gravações artísticas

Como começou a chuviscar resolvemos regressar à zona de partida para apanharmos o teleférico em vez de descermos o monte ( ehehe..como se alguma vez conseguíssemos descer...). Ainda bem que voltamos pois podemos ver uma águia que estava protegida sujeita a tratamento por estar cega de um olho...






quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ALASKA- JUNEAU (MENDENHALL GLACIER)- parte 3

Atravessando paisagens belíssimas...

...aproximámo-nos  do glaciar


Ao lado do glaciar uma violenta queda de água impedia-nos de aproximar mais.

Voltámos, então para trás devagar..muito devagar para eu  e a minha maquina podermos captar toda esta beleza e "ouvir" o silêncio...

Estas são algumas das imagens ( escolhidas muito aleatoriamente) de mais de duas centenas que tirei do local....
Começava a chuviscar e apressámo-nos pois um bom almoço esperava por nós..

Da parte da tarde tinhamos planeado outro passeio que também prometia ser interessante...


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ALASKA- JUNEAU (MENDENHALL GLACIER)- parte 2

Ainda tínhamos que caminhar bastante para chegar ao pé do glaciar mas como os tons  verde e azul da natureza que nos rodeava eram lindíssimos parávamos constantemente para desfrutar este espectáculo

Já perto do glaciar adensavam-se sobre o lago fragmentos de gelo bem azul..


E descansando num desses blocos encontrámos uma águia..
Esta águia foi atacada por vários ( 5 ou 6) pássaros que conseguiram fazê-la voar do seu
lugar e perseguiram-na até terem a certeza que ela não voltaria...












Estavamos quase a chegar ao galciar..... ( continua...)

sábado, 18 de agosto de 2012

ALASKA- JUNEAU (MENDENHALL GLACIER)- parte 1

Juneau é a capital do estado norte-americano do Alasca. Apesar de estar localizada no sudeste do Alasca, tem uma temperatura baixíssima, com uma temperatura anual média inferior a 5 °C. 
A vegetação de Juneau é rasteira, pois as árvores não resistem a tanto frio, assim a vegetação tundra é predominante, devido ao frio e o clima húmido. Já as árvores que suportam o clima são geralmente de pequeno porte, e raramente de médio porte. Como há montanhas elevadas próximo da capital, há uma vegetação de altitude com pequenas árvores. 

Iríamos permanecer todo o dia nesta cidade e como tínhamos muito para ver optámos por ir logo de manhã ver o Glaciar Mendenhall, um glaciar com aproximadamente 19 km de comprimento situado no vale de Mendenhall a aproximadamente 19 km de Juneau e que está incluído na Floresta Nacional de Tongass.

Quando saímos do autocarro a vista era deslumbrante!!!

Ao fundo estava o glaciar..

O caminho até ao glaciar era de uma beleza indescritivel


 continua...



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ALASKA: HUBBARD GLACIER

Hubbard Glacier é um glaciar tidewater ( influenciado pelas marés) no Estado dos EUA do Alasca e do Yukon,  Território do Canadá .  É o maior glaciar tidewater no Alasca e está situada na cabeça de Yakutat Bay (Yakutat é uma das cidades dos 18 distritos organizados do estado americano do Alasca). O percurso está repleto de icebergs de gelo pequeno, às vezes com aves marinhas ou focas descansando sobre eles.




As expectativas para observarmos o glaciar eram enormes, pois sabíamos que era um dos "pontos altos" do cruzeiro, mas a esperança de o vermos diminuía à medida que navegávamos  para o local onde ele devia estar pois a neblina que o encobria adensava-se..

Alguns resistentes mantinham-se em alerta, apesar do frio e da humidade, não fosse o nevoeiro dissipar-se...

mas o máximo que vimos foi ...quase nada..

Pessoalmente como já tinha estado no mais belo glaciar do mundo - o Perito Moreno na Argentina- conformei-me..que remédio...
A experiência em navegar num mar gelado, ouvir o ranger do gelo a quebrar pelo navio e  observar as belas tonalidades de azul "salvou" o dia...


Para os mais curiosos anexo um video do youtube que mostra o que poderíamos ter visto...


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ALASKA: ICY STRAIT POINT

 Icy Strait encontra-se a oeste de Juneau e a norte do Arquipélago Alexander e da Tongass National Forest. É uma zona importante pois por aqui passam nas suas deslocações animais como os leões marinhos, espécie em vias de extinção. 




Os pântanos da área costeira são importantes como a zona de descanso de variadas espécies de pássaros e particularmente aves aquáticas.

Há muito que fazer nesta zona, desde observar as baleias e outros animais, como caminhar na floresta, pescar salmão..ou ainda descer desde o alto da montanha na maior zipline do mundo, para os mais corajosos, claro...não estou nesse grupo...
Preferi visitar o museu dedicado a toda actividade marítima da região.



Belíssimo passear na "praia"...



Resolvi ir ver o lago e a floresta que existia na parte de trás do museu..quando me preparava para tirar umas fotos na margem do lago, apareceu um urso grande que ía beber água...não sei quem se assustou mais, eu ou o urso...só sei que nem me mexi e não tive  o sangue frio necessário para tirar uma foto que poderia ser memorável...acho que ainda agora lá estaria paralisada se os guardas florestais não tivessem vindo em meu socorro...
Estava sozinha ( o meu marido já estava no barco), resolvi regressar também pois já caía a noite..




sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ALASKA - CAÇA ÀS BALEIAS

Navegámos junto à costa do Canadá durante várias horas e podemos apreciar a  natureza no seu grande esplendor.


A primeira escala do barco , já no Alaska, foi em Icy Strait Point. Mal cheguei ao cais embarquei num barco de pequenas dimensões para irmos à caça das baleias que proliferam na zona.
 Depois de uma hora de navegação até atingirmos Point Adolphus, fui para a parte superior do barco para fazer uns clicks às baleias. Não foi tarefa fácil, pois o barco baloiçava muito e o  equilibrio não é uma das minhas melhores características..

O amigo Paulo Gonçalves ( amigo brasileiro que embarcou nesta aventura connosco..) e eu prontos a disparar
Foto cedida por Inês Gonçalves


A nivel fotográfico esta jornada foi um flop...quando via o vapor que as baleias produzem 
(na parte posterior da cabeça localiza-se um par de orifícios nasais, os espiráculos, por meio dos quais a baleia expulsa o ar procedente dos pulmões. O ar sai sob pressão em forma de vapor, o que provoca o aparecimento de um potente jorro que pode alcançar seis metros de altura nas espécies de maior tamanho) começava a clickar...umas vezes apanhava o dorso de uma..outras vezes a barbatana caudal ...




Quando elas saltavam  repentinamente já só apanhava o splash que faziam ao reentrar na água....uma frustração em termos fotográficos...

No meio desta aventura tivemos a visita de um simpático leão marinho...


Após esta viagem ía ainda ter tempo para visitar Icy Stait Point...