terça-feira, 30 de outubro de 2012

MALDIVAS : OS PERIGOS ESCONDIDOS

Recuperadas as forças com o belo cafézinho expresso tomado num bar gerido por um português continuámos a volta pela ilha





 Nem tudo é cor de rosa ( na realidade é quase só verde e azul...)  nesta ilha!!! encontrámos dois náufragos...

Enquanto caminhávamos dentro de água estávamos rodeados de peixes multicolores






Mas também passavam por nós tubarões de médio porte...especialmente na zona onde eram alimentados, junto às cabanas sobre o mar..nessa altura saí da água e não fotografei nenhum. Não sou tão corajosa como gostaria de ser..


Mais grave teria sido pisarmos esta manta raia que estava camuflada na areia. A sua mordidela é muitíssimo venenosa... a foto foi tirada fora de água que nos daria pela coxa. Vejam como a água é transparente , felizmente....









Estas mantas raias ( algumas bem maiores do que a da foto) vinham todas as noites a uma zona especifica da praia e aí eram alimentadas por nós. Um experiência incrível pois acabados de jantar íamos para dentro de água ( estava  a 30º/33º) e dávamos-lhes comida enquanto as suas abas gelatinosas passavam junto às nossas pernas..



















Descalçavam-se sapatos, arregaçavam-se vestidos e calças mas ninguém resistia a este momento único de interacção com o mundo animal...eu não resistia e preferia-o a ir para um bar ouvir musica ou assistir a animação nocturna...





domingo, 28 de outubro de 2012

PRÉMIO DARDOS


Prémio Dardos, um reconhecimento Internacional


Agradeço à minha amiga Maria do Céu Vieira a partilha deste elegante prémio, conforme está mencionado no seu blog:  http://mclvieira.blogspot.pt

Fico agradecida por receber este prémio e de igual forma vou inumerar outros 10 blogs ao acaso sem desprimor para outros.

O Prémio Dardos foi criado pelo escritor espanhol Alberto Zambade que, em 2008 cocedeu no seu blog Leyendas de "El pequeño Dardo" o primeiro Prémio Dardo a quinze blogs seleccionados por ele.
Ao divulgar o prémio, Zambade solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites merecedores do prémio. Assim a premiação se espalhou pela Internet.

Segundo o seu criador, o Prémio Dardo, destina-se a "reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diáriamente durante o seu empenho na transmissão de valores culturais, étnicos, literários, pessoais, etc, demonstrando, em suma a sua criatividade por meio do seu pensamento vivo que permanece inato entre as suas palavras."

"As regras do prémio estabelecem que, os indicados, depois de dizerem quem os presenteou, poderão exibir no seu blog/site o selo do prémio e deverão indicar outros 10, 15 ou 20 blogs/sites que preencham os requisitos acima para o preenchimento do prémio."
( Texto: http://contos-poemas-blogspot.pt/ )

"Desejo a todos bons momentos de partilha e de amizade e escolhi os seguintes blogs, que espero, dêem continuidade a este bonito elo blogueiro"

http://behappyaveiro.blogspot.pt/


MALDIVAS: PROCURANDO UM CAFÉ EXPRESSO

As Maldivas é um país insular constituído por  1196 ilhas sendo habitadas somente 203. A maior parte destas 203 ilhas são resorts turisticos...cada ilha um resort. Algumas são tão pequenas que nesses resorts não há mais do que 50 quartos.
Nós fomos para uma das mais afastadas da capital Malé e por coincidência uma das ilhas maiores pois tem 1,6Km de comprimento e 340 metros de largura máxima...
Situada no Atol Ari  Sud estávamos na ilha Nalagouraidhoo  no Sun Island Resort (340 quartos..)...e fomos dar a volta à ilha caminhando pela areia "pó de talco" entre o azul esmeralda daquelas cálidas águas e o verde exuberante das palmeiras...








De vez em quando passava por nós um barquito...


Quando estávamos cansados havia sempre uma "chaise longue" à nossa espera..


e íamos tomando banho pelo caminho...



















Aproximámo-nos de uma zona "densamente" povoada..




































e finalmente encontramos um café expresso e por sinal bem saboroso ( ou seriam as saudades?) carito..mas enfim...
Curioso o café chamava-se Alfredo...como mostram as chávenas...












sexta-feira, 26 de outubro de 2012

MALDIVAS - AFINAL É VERDADE....

 Chegámos ao nosso resort de barco após 3h de navegação entre outras ilhas espalhadas no Índico..Quando saímos do barco fiquei atónita com a cor e transparência daquela água..O barco parecia suspenso...afinal não era propaganda turística gratuita..era real mas tão difícil de acreditar...
Explicaram-me então que eu estava na lagoa de um atol:
Um atol é uma ilha oceânica em forma de anel com estrutura coralínea e de outros invertebra­dos, constituindo no seu in­terior uma lagoa,
Um atol começa pela formação de um recife costeiro de corais ao redor de uma ilha vulcânica. À medida que esta ilha vai afundando o recife vai se acumulando e crescendo para fora em busca de águas mais ricas em nutrientes e transformando-se num recife de barreira. A parte central, com menor circulação de água fica preservada como uma lagoa interior. Este processo leva 30 milhões de anos a acorrer. 
Há atóis que ainda não afundaram totalmente e é nesses que estão construídos os resorts e as poucas cidades deste país..



Animação retirada da Wikipédia

Coral atoll formation animation




O primeiro banho foi inesquecível...foi como se estivéssemos numa banheira enorme com água turquesa..não conseguíamos sair ..a praia era nossa!! o resort estava com lotação esgotada mas essa lotação tem em conta a privacidade dos turistas..
Agora percebo porque é um destino privilegiado para luas de mel...


Por enquanto só tinha encontrado algo de negativo...não ter ainda encontrado  um café expresso à venda... teríamos que procurar melhor...




















Mas o cansaço era grande..estava na hora de irmos para a nossa cabana na praia ...



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MALDIVAS - A CHEGADA AO PARAÍSO

Tínhamos acabado a visita à Índia e geralmente dão-nos três alternativas para finalizar esta viagem..ir ao Nepal, a Goa ou voltar para casa...
Já que estávamos tão longe de certeza que a nossa opção nunca seria a 3ª, vir para casa...
mas também nunca seguimos a regra geral...e assim dirigimo-nos para as ilhas Maldivas.
Será que as fotografias dos prospectos de turismo seriam reais?
Teríamos que pernoitar no aeroporto de Colombo capital do Sri Lanka ( antigo Ceilão e denominada na antiguidade por Taprobana ...nome que Luis de Camões usou nos Lusíadas).
Se não estivesse envolto numa violenta guerra civil como gostaria de lá ter ficado uns dias... e apercebemo-nos bem dessa violência pois não  nos deixaram ficar no aeroporto à espera do voo para as Maldivas e levaram-nos para um hotel nos arredores. Ofereceram-nos uma suite e transporte mas para lá chegarmos passámos 3 controles militares assustadores...





Mesmo  quem adormecer no avião, vai acordar com toda a agitação  causada pela vista fantástica . Começamos por ver um oceano imenso dum azul profundo, “salpicado” pelos  atóis compostos por pequenas ilhas e areias brancas com pequenas lagoas azul-claro. Acredite: as Maldivas são lindas logo à chegada, vistas de cima.
À medida que o avião for descendo, reparamos que o Aeroporto Internacional das Maldivas  ocupa uma ilha inteira, Hulhule, perto da capital das Maldivas, Malé
Temos a sensação que vamos aterrar na água...

As Ilhas Maldivas estão agrupadas em 26 atóis que, vistos de cima, são por si só uma visão fenomenal, com os diferentes tons de azul em seu redor. Um atol é uma ilha oceânica em forma de anel com estrutura coralínea e de outros invertebrados, constituindo um lagoa no seu interior. Ou seja, teoricamente, as Maldivas teriam apenas 26 ilhas mas como cada uma está parcialmente submersa e tem os seus picos a sair da água, cada um deles é considerado uma ilha.

Como o  nosso pedaço de paraíso com areia branca e água cristalina era uma ilha distante do aeroporto optamos por ir da barco para lá e depois regressaríamos de hidroavião...


Cada ilha um resort de alto luxo..praias  desertas de areia que parece pó de talco, água quente (30ª)...


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

TAJ MAHAL: UMA LÁGRIMA DE AMOR NA FACE DA ETERNIDADE - as fotos proibidas.....

 A  câmara  interior do mausoléu possui paredes com cerca de 25 metros de altura e terminam numa falsa cúpula interior, decorada com representações do Sol.  Oito arcos definem o espaço e quatro arcos centrais superiores formam varandas e janelas para o exterior, cada uma com uma tela intrincada executada em blocos únicos de mármore, chamados "jali", preciosamente esculpidos como se fossem uma tela de renda.





É proibido fotografar nesta zona mas uma japonesa teimosa não conseguia parar de fotografar pois a "tela de renda" era demasiadamente bela...e eu aproveitei a boleia..
No interior deste mural de mármore brilhantemente trabalhado jazem lado a lado os túmulos de Shah Jahan e da sua amada Mumtaz debaixo de um lustre egípcio doado por Lord Curzon em 1909 que  pende do teto sobre as sepulturas e lhes dá um ar fantasmagórico...
É a sepultura da Shah Jahan a única peça de todo o monumento que não obedece a uma perfeita simetria pois não foi prevista a sua colocação naquele espaço. Foi uma decisão dos seus filhos...




Enquanto os guardas ralhavam com a japonesa eu aproveitei...como já prescreveu o crime mostro a fotografia...


"Que não seja fúnebre, pois deverá celebrar a curta vida de um amor. A sua beleza e a sua graça hão de recordar eternamente a mulher, sem jamais envelhecer. Será um sonho de mármore edificado na fronteira delicada entre o real e o irreal, como a própria paixão."
do poeta indiano Rabindranath Tagore (1861-1941), que escreveu “O Taj Mahal é uma lágrima de amor na face da eternidade.




Saímos emocionados o mais belo monumento que que jamais tinhamos visto..

Para nós acabava a viagem à Índia...mas já estávamos com saudades        NAMASTÉ!!!!!!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TAJ MAHAL: CONTORNANDO O MAUSOLÉU


Circulando ao redor do mausoléu percebemos as discretas, espantosas incrustrações e para isso colocámos protecções sobre os sapatos enquanto outros caminham  descalços vamos continuando a polir o belo mármore branco que constitui o chão do patamar que dá acesso ao interior  do mausoléu



Com a bela luz do nascer do sol as pedras semi-preciosas incrustadas no mármore branco cintilam refletindo essa mesma luz ..
O mosaico de pedras preciosas é tão fino e detalhado que uma peça ornamental - uma flor, uma folha,... - pode ter até 70 pequenos fragmentos.




















A arquitectura e a ornamentação tudo se combina, integrando-se numa perfeita proporção simétrica e de  agradável harmonia, como é próprio de uma obra prima. Mas a beleza do conjunto só pode ser plenamente assimilada quando admirada de longe. 




TAJ MAHAL: UMA HISTÓRIA DE AMOR...E NÃO SÓ...

 Não há contradições quanto ao facto de tratar-se de um monumento ao amor, o maior e mais famoso deles, um eterno monumento ao amor eterno. É de tal ordem grandioso - tanto na forma quanto no conteúdo - que a obra prima da arquitetura e toda sua beleza estão além do alcance das palavras. Pelo menos eu não encontro palavras para o qualificar.... 

Não é apenas sua extravagante beleza arquitectónica que nos impressiona, mas também a razão do que está por trás de sua construção: o amor imenso e o sofrimento atroz que levou um imperador -Shah Jahan - a construir um mausoléu para sua amada - Mumtaz - por quem apaixonou à primeira vista e alimentou um amor obsessivo: durante quase toda sua vida, a preferida do imperador esteve grávida.  E morreu ao dar à luz seu 14º. filho em 19 anos de vida conjugal.


























 A história teve um fim trágico: o ambicioso filho de Shah Jahan - Aurangzeb -  impaciente com os desvarios do pai, tomou-lhe o trono e  aprisionou-o  no Forte de Agra até ao fim de sua vida



 O mais brilhante e triunfal monumento funerário do mundo,  levou à ruína a sede de um reino. 20 mil trabalhadores ocuparam-se por 22 anos na sua construção, comandados por centenas dos mais famosos arquitetos e artistas do império persa e mongol.

  Não é preciso ser arquiteto para percebermos que as linhas do Taj são inquestionavelmente perfeitas, seja no equilíbrio, seja na beleza.  Uma cúpula central rodeada por quatro outras menores, minaretes em cada uma das pontas de um quadrado imaginário, jardins ao seu redor afastando qualquer linha que possa agredir o equilíbrio de sua simetra, tudo forma uma composição magnífica refletida num grande lago. E tudo foi pensado pelo imperador para proteger sua amada após sua morte: os minaretes são discretamente inclinados para fora, para que no caso de um terremoto não caiam sobre o túmulo.........


 Mas há um outro lado - cruel e terrível - que se encerra em cada pedra: contam que Shah Jahan mandou cortar todos os dedos das mãos de todos os operários da obra, para que ninguém a reproduzisse. História ou lenda, ninguém consegue afirmar. E mil elefantes foram necessários para trazerem os blocos de mármore com duas toneladas cada de pedreiras a 300 quilômetros de distância




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

TAJ MAHAL - O IMPACTO DA PRIMEIRA VISÃO

Extasiada, com a respiração paralisada e o coração a bater desenfreadamente  por uma fração de tempo, só tenho olhos para o belo monumento que estava à minha frente..



Como se reverenciasse aquela chocante obra prima, retomo o ar, relaxo  e contemplo aquela beleza monumental como se fosse um  sonho...  Não sei por quanto tempo permaneci completamente inebriada,  emocionada com mais aquele privilégio que eu vivia. Assim que voltei ao normal, ainda dominado por aquela dimensão de beleza, minha fascinação resultou no maior número de cliques por cena que jamais minha câmera experimentou...Olhando para os lados percebi que aquela visão do Taj Mahal provoca o mesmo grau no inconsciente colectivo  deixando primeiramente congelados, depois completamente acelerados os corações e mentes de seus visitantes..

 O Taj representa  das mais românticas e trágicas histórias de amor de todos os tempos, mas não deixa de surpreender que os indianos mantenham uma visão tão romântica do monumento, cujo herói e heroína eram muçulmanos...









E são as mulheres que melhor expressam esse encantamento. Talvez porque sejam mais românticas que os homens, que percebam mais sensivelmente o que motivou sua construção, que melhor  se identifiquem com ele, que assumam a sensualidade de suas curvas e que notem o romantismo das intenções do imperador apaixonado e enlouquecido.  Chamam os maridos e posam para a foto inesquecível diante do Taj.






sábado, 13 de outubro de 2012

A CAMINHO DO TAJ MAHAL

Tínhamos chegado a Agra ao anoitecer e a primeira coisa que fiz foi ir ao terraço para ver o Taj Mahal. Foi assim que me comecei a apaixonar por este monumento apesar de ver só uma parte e o tempo estar enevoado..


Na manhã seguinte iríamos madrugar pois antes das 6h da manhã íriamos apanhar o bus oficial e único meio de transporte permitido, que nos levaria até à zona onde começava a  fila  que aguardava a abertura dos portões .  Segundo a tradição, às seis horas da manhã a temperatura e a luz do sol tornam a visita ao Taj, para além de confortável, mais impactante. 
A ansiedade cresce à medida que vamos passando as diversas barreiras de segurança



 A cada hora do dia o Taj assume  diferentes cores: no alvorecer adquire o tom perola; ao meio-dia uma brancura deslumbrante; nas noites de luar um esplendor lúgubre e cintilante.  Todavia, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde é quando o Sol o ilumina com suavidade e ele assume seu tom mais encantador: um rosa tão pálido quanto delicado...por isso nos levantámos tão cedo...embora quase nem tenha dormido devido a estar prestes a realizar um dos meus maiores sonhos..

Quando chegámos ao portão Darwaza de arenito vermelho e com incrustações de pedras preciosas ficámos já maravilhados..

 O arco principal emoldura e enquadra na perfeição o mármore branco e reluzente do imponente Taj.  Magicamente forma uma das mais belas composições e introduz -nos  numa das mais notáveis obras arquitetônicas do planeta. O portão magnífico não serve apenas para proteger o monumento, ele prepara o visitante para viver o momento de maior impacto: o primeiro encontro com o Taj Mahal.  



O impacto do primeiro encontro é uma experiência emocional, intelectual e física inesquecível e incomparável.  A imponência do Taj, ali emoldurado pelo lindo arco de arenito vermelho do darwaza - o portão principal - tira o fôlego a qualquer indivíduo, arrebata por uns momentos as nossas emoções . O que sentimos não é possível traduzir.  Algo de transcendente acontece nos nossos corações quando cruzamos o portão e avistamos a alvura do imponente mausoléu.
Nem consegui tirar uma fotografia apresentável...

                                                                                                                         continua.......

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

AGRA E O SEU FORTE ( continuação)

O Jahangiri Mahal é o edifício mais proeminente da fortaleza de Agra pois apresenta um curioso estilo ecléctico juntando talentosamente as arquiteturas hindu, mogol e persa.
Este palácio tem de um lado  vista paro rio e do outro lado para  um belo jardim.













 Nas salas do interior os mármores claros e as incrustrações em estuque de baixo relevo, as talhas e as pinturas ornamentais, proporcionam uma atmosfera luminosa.






 O pátio de mármore tem o desenho de um tabuleiro de pachisi, um jogo semelhante ao gamão, onde dançarinas faziam o papel das peças do jogo.

É neste pátio  que se situa  Musamman Burj, a torre octogonal - um das mais bonitas edificações do complexo -, o lugar onde Shah Jaham passou aprisionado seus últimos anos, olhando para o mausoléu de sua amada, o Taj Mahal, do outro lado do rio.
Quarto habitado por  Shah Jaham  enquanto estava aprisionado na torre







Desta janela olhava para o belo monumento onde jazia a sua amada sentindo-se injustiçado por o terem impedido de construir em frente ao Taj Mahal do outro lado do rio um mausoléu igual mas em mármore preto...o seu mausoléu..
O povo vivia miseravelmente e o preço desta construção era proibitivo..mas talvez ficasse o mais belo local da terra..eu consigo visualizar...







Hoje a vista continua soberba mas a poluição do ar quase esconde aquele monumento