quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TAJ MAHAL: UMA HISTÓRIA DE AMOR...E NÃO SÓ...

 Não há contradições quanto ao facto de tratar-se de um monumento ao amor, o maior e mais famoso deles, um eterno monumento ao amor eterno. É de tal ordem grandioso - tanto na forma quanto no conteúdo - que a obra prima da arquitetura e toda sua beleza estão além do alcance das palavras. Pelo menos eu não encontro palavras para o qualificar.... 

Não é apenas sua extravagante beleza arquitectónica que nos impressiona, mas também a razão do que está por trás de sua construção: o amor imenso e o sofrimento atroz que levou um imperador -Shah Jahan - a construir um mausoléu para sua amada - Mumtaz - por quem apaixonou à primeira vista e alimentou um amor obsessivo: durante quase toda sua vida, a preferida do imperador esteve grávida.  E morreu ao dar à luz seu 14º. filho em 19 anos de vida conjugal.


























 A história teve um fim trágico: o ambicioso filho de Shah Jahan - Aurangzeb -  impaciente com os desvarios do pai, tomou-lhe o trono e  aprisionou-o  no Forte de Agra até ao fim de sua vida



 O mais brilhante e triunfal monumento funerário do mundo,  levou à ruína a sede de um reino. 20 mil trabalhadores ocuparam-se por 22 anos na sua construção, comandados por centenas dos mais famosos arquitetos e artistas do império persa e mongol.

  Não é preciso ser arquiteto para percebermos que as linhas do Taj são inquestionavelmente perfeitas, seja no equilíbrio, seja na beleza.  Uma cúpula central rodeada por quatro outras menores, minaretes em cada uma das pontas de um quadrado imaginário, jardins ao seu redor afastando qualquer linha que possa agredir o equilíbrio de sua simetra, tudo forma uma composição magnífica refletida num grande lago. E tudo foi pensado pelo imperador para proteger sua amada após sua morte: os minaretes são discretamente inclinados para fora, para que no caso de um terremoto não caiam sobre o túmulo.........


 Mas há um outro lado - cruel e terrível - que se encerra em cada pedra: contam que Shah Jahan mandou cortar todos os dedos das mãos de todos os operários da obra, para que ninguém a reproduzisse. História ou lenda, ninguém consegue afirmar. E mil elefantes foram necessários para trazerem os blocos de mármore com duas toneladas cada de pedreiras a 300 quilômetros de distância




1 comentário:

  1. Palavras para quê? Só admiração mais pela perfeição que pela grandiosidade.ZM

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