sexta-feira, 21 de setembro de 2012

INDIA: NA MARGEM DAS SUAS ESTRADAS...

Nas margens das estradas, os indianos  surpreendem-nos  ao parecerem tão plácidamente alheios e conformados enquanto não cessamos de observar mendigos, crianças de rua, pessoas e animais doentes, barulho, sujeira, passageiros anónimos em cada janelinha sem vidro dos ónibus.


Pela janela do carrocujo conforto não posso supor que o povo  conheça,  uma enxurrada de cenas curiosas tornava nossa viagem uma atração inesperada: a vida à margem de pequenas cidades e grandes lugarejos, que mostrava escancaradamente a surpreendente e incomparável vida quotidiana decorrendo placidamente ali bem juntinho às rodovias.  É uma integração irrestrita, uma correlação justa, uma união perfeita entre gente e veículos, entre rodovia e aquilo que deveriam ser calçadas. Em níveis tão íntimos que uns parecem fazer parte do outro como se ambos fossem do mesmo gênero. 


 Algumas vezes chocantes, outras tocantes, sempre exóticas e divertidas, todas as cenas que observávamos mostravam as características mais notáveis do carácter do povo indiano: mesmo sob as condições mais precárias e adversas, sobressaem a conformidade e a aceitação.

Apesar do o sofrimento e desconforto, percebíamos esperança, doçura, alegria, sorrisos e simpatia...  Mais uma vez nossos corações estavam tocados pela vida indiana.




1 comentário:

  1. É extraordinário ver o contraste entre a miséria em que realmente vivem estas pessoas e o seu vestuário garrido, alegre. Faz uma antítese chocante, pessoas simpáticas, amistosas mesmo. No meu critério é o que mais choca na India contrariamente ao que se vê no Egito, por exemplo.

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