sábado, 29 de setembro de 2012

INDIA: BIGODES,SARIS E ...AFINS

Os homens do Rajastão usam turbantes e as mulheres usam saia, blusa e véu na cabeça muito coloridos e contrastantes. Tem que se usar algo na cabeça pra não se torrar os miolos! Haja sol, haja calor! É uma festividade de cores  que alegram o ambiente de quem mora e sobrevive as duras penas nesse calor abrasador do deserto. Chega a ser mesmo uma cromoterapia, dá ânimo, força, vontade de seguir vivendo ....




Impossível não prestar atenção aos bigodes grandes e cabeludos dos homens rajastaneses. Rajastão é conhecido por muitas coisas inclusive pelos seus bigodes!





















Os belos saris...acho que o laranja/ vermelho é a cor preferida dos indianos..
Jaipur é sujinha como a maioria das cidades indianas, bosta de vaca aqui, bosta de elefante ali, bosta de camelo acolá... Tem também porcos, cachorros, pombos, ratos, enfim uma fauna completa!

Os elefantes de hoje são mais felizes pois pelo menos em Jaipur só carregam seres humanos, que são bem mais leves!  São doces gigantes e foram eles que “construíram” a Índia. 






Jal Mahal  é um antigo palácio no meio do lago onde o marajá caçava patos e outras aves...é o único que não tem sujidade à volta..eheh pelo menos visível..

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

JAIPUR: JANTAR MANTAR

Jantar Mantar é um observatório astronómico que está situado na saída norte da cidade de Jaipur, em Rajastão. É uma exposição ao ar livre de instrumentos de cálculos astronómicos enormes, construídos por um marajá  que gostava muito de astronomia, Jai Singh II, no séc. XVIII. Mandou construir dois exemplares destes instrumentos de cálculo: um para ele e outro para a cidade de Déli, que nesta altura era a capital do império Mogol.
O observatório conta com uns quinze instrumentos que serviam para medir o tempo, as horas, prever os eclipses do sol e da lua, calcular o movimento dos planetas, a nossa localização na terra, o nosso movimento relativo em relação aos outros astros do sistema solar. 


Foi construído parcialmente em mármore e talhado em pedras da região- Cada instrumento tem a sua graduação e mede vários metros de altura!


Sentimo -nos como  pigmeus dentro da caixa de ferramentas de um gigante fascinado pela astronomia! O tamanho enorme dos objectos permite obter medidas e previsões mais exactas do que com instrumentos de tamanho humano. Hoje em dia, com toda a tecnologia, estão obsoletos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

INDÍA: JAIPUR - A CIDADE ROSA

 A cidade que outrora tinha sido a capital da realeza, conhecida como a Cidade dos marajás, é hoje a capital do Rajastão.
 É conhecida como "A cidade rosa", já que em 1876 o seu marajá a  mandou pintar dessa cor, para a visita do Príncipe de Gales.  A cor rosa é associada a hospitalidade e boas-vindas, e desde então a cidade preservou essa cor
A primeira visita que fizemos foi a Hawa Mahal,  vulgarmente conhecido como o Palácio dos Ventos




Construído no final do século XVIII pelo marajá Sawai Patrap Singh, o palácio dos ventos é um dos mais fascinantes monumentos da Índia. Situado na parte mais antiga da cidade, ele surpreende com as 953 pequenas janelas espalhadas por sua fachada,  de arenito vermelho que se estende com a forma das penas do macho do pavão real. O tamanho e a quantidade dessas janelas não foram uma escolha decorativa. Elas foram criadas especialmente para que as mulheres do harém do marajá pudessem observar as ruas sem que ninguém as vissem.  Com cinco andares, o palácio dos ventos tem uma lateral bastante estreita. Quando o vento sopra, ecoa uma suave melodia de seu interior. Sua cor, que acompanha o colorido de Jaipur, foi obtida com a utilização do arenito rosa, abuntande em todo Estado do Rajastão.
A zona mais importante da cidade onde se localiza o palácio real está "estranhamente" limpa...e é deslumbrante..











No edifício central , a beleza das arcadas..





















Duas das portas de entrada para o palácio
 O Palacio Real (City Palace em Ingles e Chandra Mahal ou Mubarak Mahal em Hindu) é ate hoje a residencia da familia Real de jaipur. O Maraja ja nao governa desde a independencia da India em 1947, mas a familia ainda é considerada “real” e ainda habita parte do Palacio.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

INDIA: O PALÁCIO DE SAMODE

Saímos de madrugada de Deli para irmos visitar e almoçar no Palácio de Samode.
Estava o sol a nascer quando passámos por uma zona florestal onde habitavam imensos macacos..claro que parámos. Pareciam muito amigáveis mas não tivemos autorização para nos aproximarmos..
























Samode é uma pequena localidade situada a 42 kms de Jaipur, e onde se encontra um impressionante Palácio do século XVIII de arquitectura Rajput-Mogol, muito bem conservado e por isso foi transformado num hotel em 1985.




O espectacular  "Salão dos Espelhos" (Durbar Hall), dá-nos um ideia  da  riqueza e esplendor que desfrutavam los marajás naquela época. 



Este luxuoso palácio seduziu-me e e transladou-me para a época dos marajás e para como seria faustosa a vida destes personagens...aliás o almoço servido neste palácio foi inesquecível..
Começavam-se a abrir as portas para o outro lado da Índia...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

INDIA: NA MARGEM DAS SUAS ESTRADAS...

Nas margens das estradas, os indianos  surpreendem-nos  ao parecerem tão plácidamente alheios e conformados enquanto não cessamos de observar mendigos, crianças de rua, pessoas e animais doentes, barulho, sujeira, passageiros anónimos em cada janelinha sem vidro dos ónibus.


Pela janela do carrocujo conforto não posso supor que o povo  conheça,  uma enxurrada de cenas curiosas tornava nossa viagem uma atração inesperada: a vida à margem de pequenas cidades e grandes lugarejos, que mostrava escancaradamente a surpreendente e incomparável vida quotidiana decorrendo placidamente ali bem juntinho às rodovias.  É uma integração irrestrita, uma correlação justa, uma união perfeita entre gente e veículos, entre rodovia e aquilo que deveriam ser calçadas. Em níveis tão íntimos que uns parecem fazer parte do outro como se ambos fossem do mesmo gênero. 


 Algumas vezes chocantes, outras tocantes, sempre exóticas e divertidas, todas as cenas que observávamos mostravam as características mais notáveis do carácter do povo indiano: mesmo sob as condições mais precárias e adversas, sobressaem a conformidade e a aceitação.

Apesar do o sofrimento e desconforto, percebíamos esperança, doçura, alegria, sorrisos e simpatia...  Mais uma vez nossos corações estavam tocados pela vida indiana.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

INDIA: O TRÂNSITO CAÓTICO DAS SUAS ESTRADAS

A verdadeira aventura ía começar..como não viajávamos em grupo e por esse motivo não nos deslocávamos em autocarro ( turistico..) seguimos de Deli para Agra de automóvel.
Como não tive um ataque cardíaco nos primeiros Kms do percurso então iria aguentar a viagem... É impossível descrever como se conduz pelas estradas da Índia. Muitas vezes pensei que não sobreviveria, mas aqui estou...e logo eu que detestava andar nos carrinhos de choque das feiras!!!
Aqui dei o primeiro grito...vinham os 2 na nossa direcção!!!!!!!!
Este camião estava parado...imaginem para quê???? o motorista estava a fazer necessidades fisiológicas  ( e não era um "simples" xixi...)na parte de trás ..à vista de quem passava..não tive a destreza suficiente para fazer um click..

 Para um ocidental não acostumado à falta de leis e regras das rodovias indianas, não familiarizado com o indian-way-of-drive, dirigir é um jeito rápido e efectivo de se suicidar...

Este precisa de uma botija de gás nova..que tal ir buscá-la na motoreta?

Levamos 5h a percorrer 200km...nem sempre as vacas se desviam...

Estivemos completamente bloqueados no trânsito durante 1h...ainda hoje nem sei bem como saímos desta situação..o meu marido sabe..pode ser que ele me ajude ao fazer comentário... e o nosso carro era considerado luxuoso pois tinha ar condicionado..

Parto das cidades principais o trânsito é mais fluido mas claro que as businadelas continuas não param...
e cabe sempre mais um...

Insiro este video tirado do youtube para que possam apreciar melhor como é o trânsito neste país...




sábado, 15 de setembro de 2012

INDIA- PELAS RUAS DE DÉLI

No país dos marajás a pobreza está por todos os lados e a sujeira costuma ser um problema para os viajantes. As ruas estão cheias de excrementos das vacas, os homens têm o hábito de cuspir no chão e, em vez de coleta de lixo, nalguns lugares o lixo é recolhido e depois queimado. 

O bairro antigo da cidade, Old Delhi, é um labirinto de ruas de trânsito intenso adornado pelas havelis, as antigas mansões indianas



Movimentarmo-nos por Nova Delhi não é tarefa fácil. Na cidade, não há placas com os nomes das ruas. É preciso procurar pontos de referência como templos, palácios ou grandes cruzamentos para se localizar. Mesmo tendo sempre um mapa a mão, temos que ter  atenção pois  as ruelas (Nova Delhi está cheia delas) não aparecem nos mapas. É uma verdadeira aventura andar por Deli...
A Índia arrasa-nos com tanta pobreza e inundicie, mas nunca encontrei um país tão colorido....
A maneira mais fácil de atravessar grandes distâncias na cidade é de rickshaw, um triciclo com uma cabine acoplada..são geralmente verdes e amarelos..
Aqui estão alguns na Porta da Índia na zona nobre da cidade. Fizemos uma visita de relance pois tinha havido naquele local um atentado terrorista uns dias antes...