domingo, 7 de abril de 2013

ANGKOR THOM - A GRANDE CIDADE


Angkor Thom é A Cidade. O significado de seu nome é claro: não apenas uma cidade, mas a Grande Cidade. Foi a última e a mais duradoura capital do império Khmer, estabelecida pelo rei Jayavarman VII no final do século 12 (ou seja, meio século mais tarde que Angkor Wat). Seu traçado é inconfundível: um quadrado direcionado aos quatro pontos cardeais, cujos lados medem três quilômetros de extensão.
Para ingressar em Angkor Thom era necessário – e ainda é – passar por um dos quatro portões de entrada, dominados por uma torre de 23 metros ornada por quatro máscaras esculpidas na pedra




Ladeando a estrada que conduz ao portão de entrada ( nas fotos a entrada sul) encontram-se uma série de estátuas. As do lado direito representam demónios e as da esquerda deuses..Algumas foram destruídas e roubadas durante a guerra.


Dentro do recinto de nove quilômetros quadrados, protegido por muralhas de oito metros de altura, existiam prédios oficiais, mas também canais de irrigação, plantações de arroz e moradias que sustentavam cerca de 100 mil pessoas.







 Os quatro caminhos que partem de cada uma das portas de entrada, convergem  num mesmo lugar,  o Templo Bayon.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

TEMPLO BAKONG ( SIEM REAP)

O templo Bakong, dedicado à divindade hindu Shiva e inspirado no lendário Monte Meru. Os quatro níveis que sustentam o santuário central são decorados por elefantes de pedra e torres que, acredita-se, guardavam pequenos lingas (estátuas de formato fálico a representar Shiva)




Construído pelo rei Indravarman I , é considerado o seu templo estado. 
Bakong é um dos mais antigos templos de Angkor. Construído  em 881 é o primeiro templo que apresenta a arquitectura do modelo básico dos templos de Angkor. É um majestoso templo e é elevado do chão por uma montanha artificial. . Na parte inferior existe uma vala e duas paredes que cercam todo o edifício e na parte superior há oito santuários em forma de torres que se encontram em bom estado de conservação. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

TA PROHM - A RECONQUISTA FEITA PELA NATUREZA

A expectativa subia ao aproximarmo-nos do mítico templo Ta Prohm: Os humanos conquistaram a natureza para criá-lo e a natureza agora está reconquistando-o para destruí-lo....
O movimento era enorme e alvo de muita curiosidade por parte de crianças que vivem perto e que estão sempre à espera de um carinho..especialmente se esse carinho for monetário..








Foi construído no final do século XII e inicio do século XIII, em estilo Bayon, para ser um mosteiro Budista e Universidade.
E ao contrário da maioria dos templos Angkorianos, Ta Prohm foi deixado em grande parte na mesma condição em que foi encontrado, muito pitoresco e fotogênico.


Jayavarman VII construiu Rajavihara (Ta Prohm) em honra da sua família. A imagem principal do templo, representando Prajnaparamita, a personificação da sabedoria, foi inspirado na  mãe do rei.




Após a queda do império Khmer, no século XV, o templo de Ta Prohm foi abandonado por séculos. Quando o esforço para conservar e restaurar os templos de Angkor começou no início do século 20, a École française d’Extrême-Orient, decidiu que Ta Prohm seria deixada em grande parte aos moldes em que fora redescoberta, dando ao local um aspecto pitoresco. Segundo o estudioso Maurice Glaize, pioneiro em Angkor dizer que Ta Prohm foi preservada desse modo porque era “uma dos mais imponentes [templos] e os que tinham um melhores valores artísticos e culturais que acabaram se  fundindo  com a selva, mas ainda não a ponto de se tornar uma parte dela”. No entanto, muito trabalho foi feito para estabilizar as ruínas, para permitir o acesso, e para manter “essa condição de aparente negligência.”



O templo de Ta Prohm foi utilizado como templo principal no filme Tomb Raider. Embora o filme tenha tomado liberdades visuais em outros templos de Angkor, as 
suas cenas em Ta Prohm são bastante fieis à aparência real do templo.

domingo, 31 de março de 2013

TEMPLO BANTEAY SREIB

O primeiro templo que visitámos nesta importante zona histórica de Siem Reap estava situado a pouco mais de 20 km a norte de Angkor, aos pés da Montanha Kulen, é um dos mais antigos templos da cidade e sua construção data do século X, especificamente do ano de 967.
Banteay Srei significa "Cidade da Mulher e da Beleza", o que fez jus às suas formas delicadas e bem decoradas, chamada por muitos historiadores de "jóia da arte Khmer"










A principal característica deste templo hindu, é a riqueza dos detalhes talhados na sandstone rosada, pedra esta relativamente difícil de ser trabalhada. Seja nas paredes, portas, janelas, balaustres, imagens, margens e bordas, tudo está talhado diretamente na pedra. Certamente um trabalho árduo, mas que produziu  um resultado belíssimo!


















sexta-feira, 29 de março de 2013

SIEM REAP - CAMBOJA

Apesar de ser uma cidade agradável e simpática, com região central bonita, repleta de bares e restaurantes modernos e com arquitetura preservada, as maiores atrações de Siem Reap (pronuncia-se “simm-rip”) não estão dentro dela, mas ao seu redor. São as ruínas de uma das mais poderosas civilizações que o mundo já conheceu, a Khmer, que dominou a região entre os séculos IX e XII
















Mal chegámos, ficámos subjugados pelo maravilhoso hotel onde estávamos instalados..







Era de Siem Reap que iriamos partir diariamente para ver de perto os templos e as cidades criadas pelos deuses-reis khmers e que ficaram “perdidas” na mata cambojana por séculos até a “descoberta” por exploradores europeus no século XIX



quinta-feira, 28 de março de 2013

SAIGÃO E A GUERRA - TÚNEIS DE CU CHI

Saigão. O nome da cidade, por si só, traz à memória cenas revistas vezes sem conta em filmes, documentários ou artigos de imprensa. Imagens típicas de uma guerra tão absurda como todas as guerras. Sequências intermináveis de bombas a caírem do céu, jovens estropiados, crianças aterrorizadas gritando e chorando e morrendo. Nomes como o napalm ou o Agente Laranja tornam-se escandalosamente familiares. Pelos piores motivos. E, estando fisicamente aqui, no sul do Vietname, estas memórias ganham vida ao misturar-se com a realidade presente. Um encontro difícil de suportar.










Visitar o Museu da Guerra em Saigão, por exemplo, não é uma experiência agradável. Uma vasta colecção de fotografias da chamada Guerra do Vietname, no tempo em que os fotógrafos circulavam sem restrições no teatro de operações, impressiona pela frieza com que conta aos visitantes a história de um conflito tão ilógico quanto sangrento. Mostra rostos com nome. Nomes com vida. Quase se sente o cheiro do napalm ao percorrer as salas do museu

Fomos ver como os vietcongs enfrentaram o poderoso inimigo americano e as tropas do sul do país então dividido.Fomos até aos túneis de Cu Chi, a duas horas de viagem de Saigão. Entrar naqueles túneis foi uma experiência marcante. Rastejei como um verdadeiro vietcong através  de túneis incrivelmente estreitos e baixos. O ar abafado, apesar dos sistemas de refrigeração engenhosamente inventados e camuflados na selva dificultava a respiração.  No fim, suávamos em bica mas estávamos satisfeitos com a experiência.
Os túneis de Cu Chi são uma imensa rede de túneis subterrâneos ligando  o distrito de Cu Chi localizado nos arredores de Ho Chi Minh City, e fazem parte de uma muito maior rede de túneis que se espalhavam em grande parte do país. Os túneis de Cu Chi foram palco de várias campanhas militares durante a Guerra do Vietnam, e era a base de operações dos Viet Congs na ofensiva Tet, em 1968.

Os túneis foram utilizadas pela guerrilha Viet Cong para se esconder durante o combate, bem como servindo de comunicação e as vias de aprovisionamento, hospitais, alimentação,  deposito de armas e alojamentos para numerosos guerrilheiros.

Os túneis geralmente eram feitos em três diferentes níveis o primeiro a cerca de 1-2 metros de profundidade o segundo a 4-5 metros de profundidade e os mais profundo podendo estar a quase 8 metros. Incrível era como era feito o sistema de ventilação e renovação do ar  com bambu oco, e também usavam outros artifícios para se desfazer da fumaça quando cozinhavam



Soldados americanos utilizaram o termo “Black echo” para descrever as condições dentro dos túneis. Para os Viet Congs, a vida nos túneis foi difícil. Ar, alimentos e água eram escassos e os túneis eram infestados com formigas, centipedes venenosas, aranhas e mosquitos. Às vezes, durante períodos de fortes bombardeio ou circulação tropas americanas, eles eram obrigados a permanecer no subsolo para muitos dias de uma só vez. Doenças eram galopantes entre as pessoas que viviam nos túneis, especialmente a malária, que representou a segunda maior causa de morte . Um relatório do exercito americano sugere que os VietCong capturados,metade da unidade tinha malária e que quase cem por cento tinham parasitas intestinais.” Apesar destas dificuldades, os Viet Congs conseguiram algo quase improvável contra um exército que era tecnologicamente muito superior..