segunda-feira, 2 de julho de 2012

CUSCO - A PEDRA DOS 12 ÂNGULOS

Estávamos prestes a partir para Lima e daí para a última etapa desta magnifica viagem - a ilha de Páscoa.
Restava-nos umas horitas para nos despedirmo-nos de Cusco. Ainda empolgados  e cansados pela vista a Machu Picchu  calmamente fomos dar um passeio pela cidade..

Percorrendo algumas ruas de Cusco mais uma vez nos maravilhámos com os muros incas
Os Incas eram exímios trabalhadores da pedra e ao contrário dos egípcios que talhavam o granito em ângulos retos e superfícies planas, os nativos dos Andes, poliam as pedras em curvas suaves, ângulos complexos sem com isso deixar de fazer encaixes perfeitos entre os blocos. Era uma técnica muito mais difícil de ser dominada do que a dos planos precisos usados pelos dos Egípcios. Um dos mais famosos exemplos dessas habilidades é a pedra de 12 ângulos, uma das atrações mais visitada em Cuzco, e que apesar das múltiplas facetas que tem, esta pedra está perfeitamente encaixada na parede do que foi o templo do Sol.





Nostalgicamente regressámos à praça de Armas..



.. estava na altura de comprar umas lembranças.. e de tomar um cafézinho...




Até à vista, Perú!!!!!!!!

7 comentários:

  1. Nunca é demais repetir que Cusco foi a capital do império inca, muito anterior portanto à invasão espanhola. A propósito, saliente-se a excepcional colonização espanhola, ocidentalizaram profundamente toda a América do Sul sob seu domínio, muito mais que os portugueses no Brasil, os valores espanhois continuam a ser seguidos em todas as capitais que visitámos, a maioria.

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  2. Que espantosa maravilha! E acompanhadas as fotos de comentários esclarecedores ainda fica tudo muito mais perfeito.
    Já me tinha aperceido dessa diferente maneira de talhar a pedra em formas assimétricas, mas sempre com um travejamento perfeito: a imaginação humana e capacidade criativa tem mistérios insondáveis.
    Se extrapolarmos para as várias correntes artísticas que as sociedades modernas produziram e continuam a produzir, concluiremos facilmente que "nihil novi sub sole"! Tudo existe em potência. Só que uns tem a oportunidade e o saber de o concretizar, outros focam-se nas covas.
    A civilização INCA atingiu níveis muito elevados de perfeição.
    Eu não sei se concordo com o comentador anterior sobre a bondade da colonização espanhola que impôs as suas cidades aos povos colonizados, em deterimento da colonização portuguesa, (vidé Brasil). Não esqueçamos que a colonização do Brasil sofreu muitas influências de outros paises, holandeses, franceses, alemães, ingleses, e mais tarde italianos, japoneses e até árabes. São realidades muito distintas: a capacidade de expansão de povo com mais de cinquenta milhões, não é comparável à deste pequeno retângulo com cerca de dez milhões.
    Penso que é muito importante que tenha sido possível criar uma unidade nacional num país tão grande como o Brasil.

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  3. Obrigada, amigo Nocas pelo seu comentário. Realmente fiquei fascinada por esta civilização.bjs

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  4. Voltando ainda às diferenças de tratamento da pedra pelos INCAS e pelos EGÍPCIOS ou mesmo os ROMANOS, embora estes já em tempos históricos relativamente recentes, ocorre-me um raciocínio, talvez curioso: na Grécia antiga predominavam duas correntes opostas, a APOLÍNIA, em que tudo era muito certinho e prfeito e a DIONISÍACA, em que predominava a liberdade de criação.
    Fazendo a extrapolação, talvez possamos dizer que enquanto os Egípcios e os Romanos eram apolínios, os Incas eram Dionisíacos. O seu modo de trabalhar a pedra permitia todas as liberdades criativas.
    Desculpem-me esta divagação!

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    1. Olá: Desconhecia a existência destas duas correntes...estamos sempre a aprender e o comparação é muito pertinente..bjs

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  5. Um filósofo alemão, creio que de seu nome, Shopeneur, (deve estar mal escrito, mas eu não sou alemão, e, segundo Eça, devemos falar e escrever patrioticamente mal as línguas estrangeiras), atribui mesmo o atraso da humanidade ao facto de ter sido seguida a corrente apolínea em vez da dionisíaca. E percebe-se porquê: os herdeiros diretos da filosofia grega, primeiro os Romanos, com o seu "direito" e depois a Igreja com os seus dógmas não podiam seguir Diónisos. Apolo, que Fídias(?) tão fielmente terá reproduzido em mármore, era a perfeição.
    Diónisos era a desgraça e a inspiração de todas as diatribes.
    Diz o filósofo alemão que ao seguir Apolo, o poder político e religioso dominantes mataram a liberdade de criação artística e daí o atraso civilizacional que predominou, sobretudo na chamada Idade Média = Idade das Trevas.
    Só após o Renascimento foi possível alguma libertação dos canones/dogmas estabelecidos.
    Terá ou não razão este filósofo alemão que venho referindo? Quem sou eu para emitir um juizo de valor que possa tirar todas as dúvidas? E o que é a sociedade humana senão um emaranhado complexo de teses e antíteses, de que resultam algumas sínteses? (HEGEL)

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