quarta-feira, 10 de abril de 2013

ANGKOR THOM - TEMPLO BAYON

A densa floresta que rodeia o templo esconde a sua posição em relação a outras estruturas. Só através do mapa,  percebemos que Bayon foi construído exatamente no centro do quadrilátero que é Angkor Thom.

Bayon foi construído em cima de um velho santuário que foi parcialmente  escavado, na actualidade. O antigo traçado é difícil de perceber-se hoje, por causa das galerias construídas para acomodar cada vez mais estátuas e parentes endeusados. Durante a reação Hindu que se seguiu ao reino de Jayavarman VII, imagens e relevos foram destruídos o que contribuiu para que hoje o monumento pareça tão complexo.
                Por muito tempo, foi  mal identificado  como um templo hindu mas um frontão descoberto em 1925, representando Lokiteshvara ou Avalokiteshvara, identificou Bayon como um templo budista. Esta descoberta mudou também a datação do monumento que os estudiosos pensavam ser do século IX. A data passou a ser o fim do século XII mas nem por isso o templo deixou de ser um dos mais enigmáticos de Angkor. Seu simbolismo, forma original, mudanças e adições em sua construção não foram corretamente explicadas, sendo um desafio tanto para arqueólogos como para historiadores.


Mais de duzentas faces esculpidas nas  54 torres dão ao templo seu caráter majestoso. As faces tem os cantos dos lábios levemente erguidos, olhos com pálpebras  baixas e o conjunto forma o famoso “ sorriso de Angkor”. A iconografia das quatro faces foi muito estudada e debatida por estudiosos. Alguns acham que representam o Bodhisattva Avalokitteshevara mas o que é geralmente  aceito é a teoria de que representam o próprio rei Jayavarman VII e sua omnipresença.

Para o visitante atento, algumas das faces parecem abrir os olhos.
 Alguns estão de olhos abertos e outros, fechados. Efeito das manchas do tempo ? Foram esculpidos assim ou  é só um efeito para o místico ? Não há como afirmar com certeza. É um fenomeno para ser vivenciado.
Dentro de
Angkor Thom encontra-se também o Terraço dos Elefantes que é formado por uma plataforma de 350 metros de comprimento do lado leste do Palácio Real de Angkor Thom. Os terraços são estruturas muito diferentes dos outros templos de Angkor,  e são uma parada essencial, pois incluem as esculturas de Airavata, elefante de Indra de três cabeças, bem como uma impressionante variedade de baixos-relevos.

Foram usados pelo rei Angkor Jayavarman VII como uma plataforma para ver o seu exército vitorioso retornando. Foi usado também como um enorme palanque para cerimônias públicas e base para o salão de audiências do rei.

2 comentários:

  1. Não me canso de perguntar: como foi possível estas enormidades estarem cerca de 500 anos perdidos, aproximadamente o tempo que durou a descolonização?

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  2. Se na Europa existisse apenas um destes templos seria considerado uma enormidade. ZM

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