segunda-feira, 28 de abril de 2014

EXPLORANDO ULURU

A Rocha( Uluru) é sagrada para os aborígines, que acreditam que dentro da rocha vivem dois espíritos, o que faz dela algo vivo para eles. Suas formas, marcas são interpretadas pelos aborígenes como parte do corpo de Uluru e como resquícios das inúmeras batalhas travadas entre os dois espíritos que alí vivem. Formas que para o homem “branco” não passa de fendas, cavidades, cisternas e cavernas rochosas.
Os anangus atribuem uma significância espiritual ao Uluru e Kata Tjuta. Acreditam ser os descendentes de seres míticos que criaram toda a terra durante a “Tjukurpa” ou época dos sonhos, o período da criação, e como tal aceitam que nós visitantes sejamos recebidos como seus convidados, pedindo que respeitemos sua fé e costumes. 












Estes seres míticos incluem cobras, um emu, um lagarto. Várias lendas são narradas pelos guias quando param ao longo da caminhada, assim como os hábitos deste povo: alimentação, comunicação, rituais de passagem.  Sabe-se que muitas outras lendas existem, mas estas são segredos passados apenas aos anangus “iniciados” na religião e permanecem um mistério.
Ao longo do percurso há algumas grutas com pinturas rupestres. Pinturas essas que indicavam e sinalizavam Uluru como  um bom local para se estar. Os círculos concêntricos marcados na rocha indicavam a presença de água..tal com os círculos formados quando se atira uma pedra a um lago..


 






















































E o improvável num deserto aparece: água!!!
O local mais sagrado, do meu ponto de vista, estava ali naquele pequeno e límpido lago no meio do deserto numa pequena gruta na base de Uluru..era um local mágico...





Depois de completarmos o roteiro fomos de autocarro até o Centro Cultural 

O Centro Cultural é uma obra arquitectónica premiada. Dois prédios construídos em forma de serpentina para lembrar a historia das cobras ancestrais “Kuniya” e “Liru”. As exposições ilustram os mitos da Tjukurpa, falam sobre as tradições e costumes dos anangus e eventualmente alguns deles aparecem para contar histórias e observar os visitantes. Há algumas lojas no local vendendo arte aborígene e souvenires. 

A brochura do Centro Cultural é primorosa, ilustra todas as lendas que você já ouviu a esta altura, as caminhadas e trilhas do parque, a fauna e flora da região, ensina algum vocabulário anangu e dá até explicações sobre a geologia do local.

1 comentário:

  1. O mais incrível em Uluru/Ayers Rock é a lagoa junto da grande pedra , no deserto e onde não se encontra mais égua nas proximidades.. O nascer do sol ali é presenciado por uma multidão razoável.ZM

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