Os
incas, baseados em todo o saber ancestral deles e de outros povos, construíram
milhares de quilômetros de caminhos. Não conheciam a roda porque não tinham
animais de tracção, e daí os caminhos serem estreitos. Mas espantosamente bem
delineados e construídos. Nas regiões de declive acentuado e chuvas fortes
todos têm valas para escoamento de águas, à beira dos precipícios construiram
muros de proteção - alguns caminhos passam a mais de 4.900 metros de altitude -
e assim interligaram uma imensa região que vai de Quito no actual Equador a
Santiago do Chile, abrangendo toda a região montanhosa e a faixa costeira
daquela região da América.
Podemos observar alguns desses caminhos enquanto percorremos o Vale sagrado até chegarmos a Ollantaytambo que é um exemplo vivo de cidade inca. Nunca
deixou de ser habitada pelos indígenas e manteve sua estrutura urbana
praticamente intacta, com pouca influência colonial. As portas têm formas
trapezoidais típicas e as residências guardam as características inconfundíveis
da arquitetura incaica. De vocação essencialmente agrícola, Ollantaytambo teria
sido concebida como uma espiga de milho, com as residências distribuídas como
grãos, as maiores juntas e as menores na ponta.
É extraordinário povos que nem a roda conheciam terem água corrente à porta em quase todas as habitações. Antes da cidade a cerca de 100m têm uma central de distribuição de água pela mesma cidade. Esta cidade não tem nada o aspecto de velhinha, é plenamente normal.ZM
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