Grandes manadas de gnus migram através do Serengeti. Elas guiam-se pelas chuvas, que obedecem a ciclos anuais. Em qualquer época do ano, geralmente há chuva em algum lugar dos limites desta vasta pradaria.
Os gnus precisam de água todo dia e de um constante suprimento de capim para se alimentar. Enquanto houver água e alimento, eles permanecem num lugar. Mas com a chegada da estiagem, o capim começa a secar e a água desaparece. As manadas não podem ficar paradas esperando pela chuva, precisam ir aonde está chovendo.
Onde quer que chova na planície, a paisagem ressequida logo se transforma. Em questão de dias, a vegetação começa a brotar e o solo fica forrado de capim verde e tenro. Os gnus não medem distância para alcançar esse alimento nutritivo e suculento.
Essas criaturas conseguem detectar a chuva mesmo a grandes distâncias. Não se tem certeza como sabem que está chovendo em outra região do Serengeti — se é pela formação de nuvens de trovoada ou pelo cheiro de umidade no ar seco. De qualquer maneira, a manada precisa migrar para sobreviver. E ela não perde tempo!
Atrás dos seguem as zebras e os antílopes...
A jornada é repleta de perigos. Os predadores seguem o imenso rebanho, de olho em algum animal coxo, retardatário ou doente. Com o avanço da marcha, entram em territórios de leões, que ficam de tocaia. Escondidos entre os capinzais, esses enormes felinos de repente correm em direção à manada, fazendo com que esta se disperse em pânico. Leopardos, chitas, cães selvagens e hienas atacam quaisquer animais que fiquem para trás ou que se separem do grupo. Quando uma presa é apanhada, os abutres aparecem para disputar as sobras.
Para chegarem a Masai Mara que geralmente é o fim da migração têm que atravessar rios como por exemplo o rio Mara. As travessias de rios são eventos espetaculares — do alto dos barrancos, milhares de animais se jogam na água. A maioria consegue chegar em segurança ao outro lado. Alguns são levados pela correnteza ou são apanhados por crocodilos que ficam à espreita logo abaixo da superfície. Todos os anos os gnus e zebras fazem esta perigosa jornada que, pode abranger uma distância de cerca de três mil quilómetros.
Em abril, eles retornam ao norte através do oeste, cruzando novamente o rio Mara e regressam ao Serengeti. Esse fenômeno, chamado de Migração Circular, acaba com a vida de centenas de milhares de animais por ano, que são mortos freqüentemente por lesões, cansaço ou por serem vítimas de predação. É o circulo da vida a que se refere a música tema do filme O Rei Leão
Neste pequeno video filmado
( e não editado) pelo meu marido podemos observar a migração de uma manada..
Na minha aldeia todos os anos havia a romaria de NªSª da Estrela e era um grande espetáculo para um aldeão como eu ver as pessoas vindas de toda a parte em direção ao arraial, essa imagem ficou-me dos 5/6 anos e recordei-a ao ver milhares de animais, vindos de toda a parte, dirigirem-se para o mesmo sentido. Claro que os animais viajavam quase todos juntos por espécie.
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