Pela janela do carro, cujo conforto não posso supor que o povo conheça, uma enxurrada de cenas curiosas tornava nossa viagem uma atração inesperada: a vida à margem de pequenas cidades e grandes lugarejos, que mostrava escancaradamente a surpreendente e incomparável vida quotidiana decorrendo placidamente ali bem juntinho às rodovias. É uma integração irrestrita, uma correlação justa, uma união perfeita entre gente e veículos, entre rodovia e aquilo que deveriam ser calçadas. Em níveis tão íntimos que uns parecem fazer parte do outro como se ambos fossem do mesmo gênero.
Algumas vezes chocantes, outras tocantes, sempre exóticas e divertidas, todas as cenas que observávamos mostravam as características mais notáveis do carácter do povo indiano: mesmo sob as condições mais precárias e adversas, sobressaem a conformidade e a aceitação.
Apesar do o sofrimento e desconforto, percebíamos esperança, doçura, alegria, sorrisos e simpatia... Mais uma vez nossos corações estavam tocados pela vida indiana.
É extraordinário ver o contraste entre a miséria em que realmente vivem estas pessoas e o seu vestuário garrido, alegre. Faz uma antítese chocante, pessoas simpáticas, amistosas mesmo. No meu critério é o que mais choca na India contrariamente ao que se vê no Egito, por exemplo.
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